quinta-feira, 15 de julho de 2010

Interpretação e Ideologias - Paul Ricoeur



Interpretação e Ideologias - Paul Ricoeur

Paul Ricoeur nasceu em Valence em 27 de Fevereiro 1913 e faleceu em Chatenay Malabry, perto de Paris, em 20 de Maio de 2005. Foi um dos grandes filósofos e pensadores franceses do período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial.

Foi, no pós-guerra, académico na Universidade da Sorbonne. Passou também pelas universidades de Louvaina (Bélgica) e Yale (EUA), onde fez uma importante obra de filosofia política. Ricoeur participou em debates sobre a linguística, a psicanálise, o estruturalismo e a hermenêutica, com um interesse particular pelos textos sagrados do cristianismo.

Em suas obras, percebe-se claramente a intenção de relacionar a fenomenologia com a análise lingüística, por meio da teoria da metáfora, do mito e dos modelos científicos. O filósofo também direcionou seus estudos para compreender a forma pela qual a realidade do ser é configurada de acordo com a percepção individual de eventos mundiais. Uma de suas grandes contribuições filosóficas é a conceituação de ação enquanto legado humano. A partir de 1989, Ricoeur procura centrar sua reflexão sobre o sujeito, a alteridade e questões ideológicas.
Sobre a obra Interpretação e Ideologias é pertinente ressaltar que esta surgiu por conta de um encontro entre o filósofo francês e o escritor brasileiro Hilton Japiassu, ocorrido em 1976. Este último, na apresentação do referido livro de Ricoeur, comenta que o fez compreender a importância de organizar certos artigos publicados, de maneira esparsa, sobre hermenêutica e ideologia, para destiná-los ao público universitário. Segundo Japiassu, foi ele mesmo quem fez a seleção dos artigos que fariam parte do corpus do livro e posteriormente os apresentou ao filósofo, que aprovou os textos escolhidos.
Hilton Japiassu afirma que a organização dos artigos ocorreu com base numa unidade de inspiração, por conta de que todos fazem referência a uma problemática essencial: a conversão do método hermenêutico, em uma tentativa de salvar o indivíduo do cientificismo. O livro foi dividido em quatro partes, que abordam respectivamente:
• 1ª parte – “A tarefa da hermenêutica” (descreve o problema da hermenêutica na atualidade) e “A função da hermenêutica do distanciamento” (dedica-se à elaboração de categorias textuais para tentar explicar e compreender a problemática em questão).
• 2ª parte – “Ciência e ideologia” (estuda as funções da ideologia para permitir a compreensão do fenômeno ideológico e faz uma análise, apresentando vínculos e contradições, sobre as ciências e a ideologia).
• 3ª parte – “Crítica das ideologias” (procura elaborar uma reflexão de teor crítico sobre a hermenêutica e as ideologias cientificistas presentes nas ciências humanas).
• 4ª parte – “Sinal de contradição e de unidade?” (estuda os conflitos e neoconflitos presentes na atualidade, mascarados por ideologias, e propõe uma estratégia que sirva para a compreensão de tais eventos).

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Modernidade e Holocausto – Zygmunt Bauman


Modernidade e Holocausto – Zygmunt Bauman

Este livro discute o que a sociologia pode nos ensinar sobre o Holocausto, concentrando-se mais particularmente, porém, nas lições que o Holocausto tem a oferecer à sociologia.
Zygmunt Bauman, sociólogo de origem polonesa, ressalta aqui como o significado do Holocausto pôde ser subestimado em nossa compreensão de modernidade: ora o Holocausto é reduzido a algo que aconteceu com os judeus, ora é visto como representando aspectos repulsivos da vida social que o progresso da modernidade irá gradualmente superar.
Sutil, porém intenso e perturbador, causará grande impacto tanto naqueles que lidam diretamente com a disciplina da sociologia como nos interessados por um dos fenômenos mais terríveis de nosso tempo.

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I Congresso Internacional e III Seminário Nacional De Desenvolvimento Regional

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