domingo, 22 de março de 2009

Dicionário de Ciências Políticas - Bobbio

A política faz parte de nosso cotidiano, não resta dúvida. No significado clássico e moderno a palavra tem sua origem na palavra grega pólis, mais especificamente na palavra politikós, e que em strictu sensu refere-se ao urbano, o que é civil e social, o que é público, ou seja, relaciona-se com a Cidade e a tudo o que lhe diz respeito. A obra de Aristóteles, Política, é a responsável pela difusão do termo. A Política de Aristóteles é considerada o primeiro tratado sobre o Estado. Em toda a estrutura do tratado é esmiuçada como se dá o funcionamento das polis gregas (ou do Estado). Paulatinamente, com o advento deste estudo, estabelece-se por consenso que a palavra seja reconhecida como a nomenclatura de todas as reflexões e significados de tudo aquilo que venha gerar questionamentos ou esclarecer qualquer pauta em função do governo, ou seja, do Estado propriamente dito (mesmo que seja de forma a esclarecer ou questionar o funcionamento deste).
Durante anos o termo designou principalmente o estudo ou obras que fossem direcionadas à compreensão das coisas do Estado. No período compreendido como Idade Moderna, houve uma alteração de sua forma original e o termo mudou para expressões como “Ciência do Estado”, “Doutrina Política”, passando estes termos a significarem a indicação de atividade ou conjunto destas, que de alguma maneira tivessem referência na polis, ou no Estado.
Agora ao Estado é dada a condição de atuar nas condições de Sujeito da situação política, ou seja, ele legisla, pune, outorga, sanciona, congrega, valida e invalida atos com o preceito de direcionar um manancial relevante da população, com sua instrumentação normativa cabe a este sujeito, o Estado, que deve gerar ordenamento adequado ser possuidor e detentor de validade “Erga Omnes”.
Concomitantemente ao quadro anterior, cabe a política também o mérito de inverter a condição apresentada anteriormente, ou seja, o estado passa a ser o objeto das atividades, tais como o desprendimento das razões estatais, a conquista, a derrubada e a defesa deste estado.
Para a perfeita compreensão das relações de poder, o autor do dicionário de política, Norberto Bobbio, consente a existência de duas formas de aplicação do poder. Uma refere-se a relação entre o homem e a natureza e a outra é de um homem para outro homem.
O que se enraizou definitivamente como entendimento da atividade política é a clara ligação de política com o poder. Com o argumento da posse dos meios (ou seja, o detentor de um benefício é amparado pelo interesse próprio e na circunstancial condição de servidão de quem o serve). No texto estudado com o verbete de Norberto Bobbio, fica claro, por meio do simples exemplo citado no referido verbete, que a relação política flui tal qual a relação entre dois sujeitos, cuja forma de comportamento é adequada à vontade imposta de uma das partes o que presume com fulcro, a determinação da relação política construída por ambos (uma vontade mais forte suplanta a mais fraca). O autor empresta a relação política um pequeno traço de relacionamento constituído pela definição do poder como a posse dos meios. A partir da posse dos meios uma segunda relação é notória, todos os envolvidos participam do acúmulo de vantagens e com intuito de alcançar fins em si.
A política é expressa na segunda relação anteriormente citada e (a relação homem x homem), que é escorçada por Norberto Bobbio, podemos entender e estender essa política de diversas formas. Das linguagens políticas que podemos exemplificar na manifestação da forma política podemos ilustrar governo e o povo, os reis e os súditos, a autoridade e a obediência, e etc.
Aristóteles nomeou três formas de poder. Junto ao poder político, figuram ainda o paterno e o despótico. Segundo o filósofo, o poder pode ser legitimado em diversas formas, o paterno legitima-se pelo interesse dos filhos e é justificado pela natureza humana. A justificação do poder despótico é em função de quem é o senhor e do castigo imposto ao escravo pela prática de delitos. O poder político vale-se da vontade mútua ou do consenso geral e existe a partir da recíproca entre o governante o governado. Obviamente, tais posturas quanto ao poder político especificamente estão consideradas em um plano ideal e estão condicionadas (como bem definiu Karl Marx, quando disse “o homem é produto do meio”) ao ambiente em que estiver colocado. Nesta obra, existem mais de 1.300 páginas que caracterizam todas as palavras que circundam nosso viver, impregnado na política, seja ela partidária, social, educacional, etc.

Download do dicionário: http://www.4shared.com/file/62121359/fc78fc3/Norberto_Bobbio_-_Dicionrio_de_Poltica.html?s=1

Trabalho e Educação - Pedro Demo

Trabalho é das expressões humanas mais ambíguas, porque é tão necessário, quanto não pode ser o sentido da vida. É necessário para a sobrevivência, mas sobretudo para a realização das potencialidades das pessoas e sociedades. Mas não pode ser o sentido da vida, porque, sobretudo no capitalismo, é o caminho mais comum da espoliação dos outros. Enquanto alguns poucos vivem e se locupletam com o trabalho dos outros, grandes maiorias trabalham para morrer para sustentar os privilégios alheios. O texto volta-se para a idéia de resgatar os lados mais positivos do trabalho, sem perder o senso crítico. Faz isto porque preocupa-se com a dificuldade que existe entre nós de conferir ao trabalho sentido educativo, em especial quando é produtivo. Em parte, esta visão é mais que natural, porque geralmente trabalho é condição explícita de exploração, pela mais-valia nele gerada. Em parte, porém, esta visão denota postura alienada, porque o trabalho só não é importante para quem vive do trabalho dos outros.

Download do livro completo: http://www.4shared.com/file/94402163/45f3abdb/Educao_e_Trabalho_-_Tentativa_de_ver_o_trabalho_com_bons_olhos_-_Pedro_Demo.html

quarta-feira, 11 de março de 2009

Paul Singer - Trabalho Produtivo e Excedente

Neste artigo, o(excelente)Paul Singer traz à tona suas essenciais considerações sobre a economia política e a análise econômica no Brasil pela extensão e diversidade da sua obra. Facilitada pelo seu sentido de coerência e alguma concentração em temas da economia marxista, da urbanização, do trabalho e emprego ou de demografia e saúde. Com exceção destes dois últimos, os demais estão considerados, embora com a certeza de que meticulosa análise de toda sua produção, teórica ou técnica, seria imprescindível para fazer-lhe melhor julgamento.
Economista de origem, doutor em sociologia e livre-docente em demografia, Singer publicou seus primeiros trabalhos reunindo estas três vertentes do saber em torno a temas que lhe tocava tratar como técnico ou como professor universitário.
Preocupações dominantes com a práxis e com a pedagogia marcariam definitivamente seus aportes à análise econômica. Urbanização, população, desenvolvimento e formação do mercado interno, trabalho e emprego em economias capitalistas não-desenvolvidas, fixação de salários como função de movimentos do capital, estrutura de classes e modos de produção no Brasil, além de ciclos de conjuntura, foram alguns dos seus temas mais freqüentados.

Download do artigo completo:http://www.4shared.com/file/92416066/e589bebe/Paul_Singer_-_Trabalho_Produtivo_e_Excedente_-_REP1981.html

O perfil do beneficiário do seguro-desemprego em Montenegro/RS: real necessidade ou (uma oportuna) alternativa?

Este artigo trata sobre o benefício do seguro-desemprego. Por isso, o mesmo tem o intuito de identificar o perfil do solicitante desse provento no município de Montenegro/RS, tanto em termos de renda como de preparo profissional em certas áreas básicas (informática e língua estrangeira), e principalmente a que se destina sua usualidade. Como o pedido de tal provento é intermediado pelo Sistema Nacional de Emprego/Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (SINE/FGTAS), na agência existente no município citado, desde o ano de 2001, esta vem apresentando um significativo aumento no número de pedidos do referido benefício. Com base em autores relacionados ao tema proposto, tais como Chahad (1999), Zylberstajn e Balbinotto (2000) e Pastore (2006), dentre outros, o mesmo busca além de traçar o perfil do requerente, conhecer, por meio de um questionário aplicado entre os meses de março e maio de 2008, a empregabilidade dos valores percebidos. Assim, buscar-se-á saber a que este realmente destina para: (1) o (real) sustento do requerente durante o período em que ele se encontra desempregado ou será (2) utilizado como subterfúgio para outras finalidades. No decorrer do artigo, são apresentados os resultados obtidos na pesquisa realizada. Na parte final, são sugeridas outras (e desde logo, entendidas como possíveis) alternativas para o controle da concessão de tal benefício. Isto porque, durante o período de recebimento do mesmo este não acumula tempo para a aposentadoria do solicitante ao passo em que demandam a cada novo ano, maiores aportes de recursos financeiros para a concessão de tal benefício.

Donwload do artigo completo: http://www.4shared.com/file/92415250/36f633c8/Artigo_seguro-desemprego_em_Montenegro.html

I Congresso Internacional e III Seminário Nacional De Desenvolvimento Regional

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